ÍNDICE DE CONTEÚDO
A Intel já havia criado uma plataforma muito interessante para abraçar e acomodar implementações de IoT (Internet Of Things), chamada Intel IoT Platform. Criada com o intuito de criar uma padronização de ponta a ponta nos serviços oferecidos para o cliente usando produtos da Intel, e com soluções de terceiros, criando um ambiente seguro entre os dispositivos da rede, entregando dados confiáveis para a plataforma na nuvem e os processando de forma a gerar dados analíticos. Dentre os produtos oferecisos pela Intel se encontram as novas CPUs Intel Quark.
Foram reveladas três novas CPUs Intel Quark que possuem compatibilidade x86 e suporte a temperaturas de -40 a 85°C. Entre elas estão:
- Quark D1000: já em produção;
- Quark D2000: será entregue até o final deste ano;
- Quark SE: construído com os módulos da Intel Curie, esperado para lançamento na primeira metade de 2016, oferendo um sensor hub e uma plataforma de reconhecimento integrada.
Estamos acostumados a encontrar microprocessadores Intel sendo operados com um clock de 500MHz, 1GHz, 2GHz, etc. Só que esses são diferentes. São microcontroladores que rodam a até 32MHz, suportando código bare-metal e baseado em sistemas operacionais de tempo-real (RTOS). Mas um item é muito interessante…Os modelos Quark D2000 e Quark SE deixam de ser compatíveis com o modelo Pentium ISA para terem compatibilidade por completo com o set de instruções x86, no entando sem uma unidade de ponto flutuante x87.
Isso é reflexo dos planos da Intel de atuar fortemente nos diversos pontos da plataforma de IoT proposta, como abaixo.
Usando o portfolio acima, é possível criar um ecosistema que vai desde os dispositivos até o processamento de dados em massa em plataformas cloud, como pode ser visto abaixo:
O que é processado ao longo do ecossistema são dados, de forma que tornem-se informação importante. Para que isso ocorra, a Intel conta com parceiros, como a Wind River (sua subsidiária), que oferece um RTOS para rodar nessas novas CPUs Intel Quark, o Wind River Rocket RTOS. Existem muitas chances de que esse RTOS seja um novo nome de um RTOS open source, o Viper RTOS, derivado de um RTOS proprietário da Wind River, chamado VxWorks RTOS.
Além disso, a Wind River oferece uma versão enxuta do seu sistema operacional Linux, chamado Wind River Pulsar Linux, esse desenvolvido para ser executado nos chips Intel Quark X1000 e Intel Atom.
Duas grande conhecidas nossas são as placas Intel Galileo e Intel Edison, que fazem ou fizeram uso da linha Quark da Intel:
- Galileo e Galileo Gen 2: possui processador Intel Quark SoC X1000, o primeiro da família Quark, arquitetura de 32 bits, single core, single thread, suporta o instruction set Pentium (ISA) e pode operar a 400 MHz;
- Intel Edison: possui um microprocessador Intel Atom SoC de 22nm com 2 cores, sendo que cada CPU com 2 threads a uma frequência de 500 MHz, somado a um processador Intel Quark (mesma linha do Galileo) de 32 bits a 100 MHz. Antes essa placa usava um dual-core Quark SOC, que operava a 400 MHz.
Ambiente de desenvolvimento
Para programar esses novos microcontroladores da Intel, pode ser utilizada uma IDE baseada em Eclipse, a Intel System Studio for Microcontrollers (ISSM). É conhecida somente uma limitação: os modelos Quark D2000 e SE podem executadar aplicações bare-metal ou baseadas em RTOS, ao passo que o modelo D1000 está restrito a códigos bare-metal.
O que acharam desses novos microcontroladores? Acham que com essa onda de IoT podem ser utilizados em algum projeto? Deixem suas impressões!
Henrique, parece que dá para testar o Sistema Pulsa, virtualizado na plataforma Helix da Windriver que roda diretamente na núvem deles.
http://www.windriver.com/products/operating-systems/pulsar/virtual_lab.html
Parece interessante, é díficil ver a Windriver disponibilizando testes grátis assim.